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Malacara Race - Cidade dos Canyons em Praia Grande

A prova foi simples, contudo muito bem organizada. Formamos um baita quarteto. João Carlos (Poletão) destroi no pedal, Alexandre na corrida, Ricardo e sua navegação pontual e eu acho que me destaco no remo.

Sexta-feira, dia anterior ao da prova, acordei um pouco resfriada, mas fisicamente bem.

Sabia que seria uma prova mais difícil e desistir não era uma opção.

Eu e o Poletão fizemos uma boa parceria no remo. Ele foi na frente e como é alto e tampava bastante a visão, "cantava" o caminho a ser seguido. "Ste, margem esquerda" ou "tem um S, começa pela direita e vira à esquerda". O rio estava um pouco baixo e enroscamos em alguns lugares, porém menos que a maioria, conforme observávamos.

Já no remo eu sentia que doía para respirar, mas a preocupação era terminar.

Largamos para a bike e foi então que entendi que eu não estava bem. A cada inspiração parecia que tinham cacos de vidro na garganta e que o ar não chegava nos pulmões, mais ou menos como quem tem asma.

O Poletão pedalava, me empurrava e então eu conseguia respirar um pouco. Estávamos em último e a ideia era terminar a prova. Até que encontramos uma galera perdida no rio. O Ricardo achou o PC e seguimos, mas não demorou até nos ultrapassassem. E assim foi quase toda a prova, em especial com a equipe Malagueta, que ficou em 2° lugar e na qual teve um representante Pamonha, o Mario de Joinville. Ele me deu mel durante a prova o que ajudou muito.

Deixamos o primeiro pedal e fomos para trekking. O Ale carregou minha mochila, que ainda estava cheia. Deve ter levado uns 6 a 7 kg com as duas e isso me permitiu recuperar. E assim seguia a prova. Fizemos o segundo pedal, e saímos para o segundo trekking. Já eram umas 19 horas e o planejado era chegar às 23h para a costela com a prova completada. Só que não. Rsrs

Sabíamos que outras equipes tinham desistido e ficaríamos em 4° lugar.

No último trekking eu fui me esgotando. Encontramos o Marlon e o Diego da Xokleng com dificuldade de encontrar o PC11. Fomos todos juntos e ainda assim perdemos um tempão num bananal. Não dava para ficar parado, nem pra analisar o mapa pela quantidade de mosquitos. Picavam por cima da roupa.

Seguimos sempre subindo. Passamos por um filhote de nelore invocado e um cannoning quase vertical rumo a uma torre de rádio no alto do morro.

Lá, informei a equipe que não teria mais condições de prosseguir, mas obviamente teríamos que voltar. Então decidimos tomar o corte das 23 horas. Voltamos à pé até o AT, pegamos 2 PCs no caminho e chegamos lá às 23:03, quando seríamos autorizados a trocar um pedal de 22km até a lua por um retinho de 7km até o final da prova.

Já ouvi dizer que uma equipe mais homogênea é melhor, pois todos andam juntos. Nesta, porém, foi justamente a diferença entre nós que permitiu não só para alcançarmos o 3° lugar como completar a prova.


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